Hoje, acordei rodeada dos meus meninos lindos... que belo acordar!
Deve ter sido por isso que estava cheia de vontade de fazer destralhamentos.
Desta vez, a vítima foi a mesa do escritório.
Não há explicação para a confusão que lá habitava; aliás, não consigo explicar o estado desta divisão da casa. O escritório é o buraco negro da minha galáxia residencial: tudo lá vai parar!
Como já falei em publicações anteriores, tenho levado este processo de destralhamento com muita calma, porque me sinto assoberbada e sem energia se me ponho a pensar muito sobre a desorganização e desarrumação que me rodeia. Assim, aos poucos, atacando um pequeno ponto de cada vez, sem grandes planos, vou destralhando sem stresses, sem sentimentos de culpa e, mais importante, sem desistências.
Num processo de destralhamento, o pior que pode acontecer, para mim, é pensar grande. Olhar para uma divisão ou para um armário e decidir "Vou arrumar isto tudo!". Tiro tudo para fora e, depois, acho que vou arrumar e organizar tudo. Erro! Pelo menos, eu, quando me decido a projectos destes, falho. Começo bem, mas, depois, encontro qualquer coisa e começar a olhar, de forma mais analítica, ou a recordar algo. E, aí, começa o problema: a seguir a essa coisa, vem outra e mais outra e mais outra... e, quando dou por isso, passaram-se horas e não fiz quase nada. Resultado: desisto com a divisão/armário mais desorganizado do que quando comecei.
Mesmo que não me perca em análises e recordações, se for muita organização para fazer de uma só vez, dificilmente, consigo acabar: porque é muita coisa para decidir (ficar ou deitar fora? Se ficar, onde arrumar? Se deitar fora, o que fazer: lixo, doação, venda?), Se vender, quanto tempo esperar sem vender até decidir outro destino?... e por aí fora). Por outro lado, quando vejo muita desorganização à minha volta, não me decidindo por uma só zona, querendo fazer tudo de uma só vez, não sei por onde começar e sinto-me perdida. Resultado: desisto ao fim de pouco tempo.
Por tudo isto e algo mais, os pequenos passos (uma gaveta, uma mesa, 1m2) de cada vez, está a resultar muito bem, para mim. É um processo muito lento e corro o risco d,e quando chegar ao fim, o início esteja a precisar de mais destralhamento. Mas, espero que isso não aconteça, porque, durante este processo de destralhamento, gostaria de educar a minha mente para evitar a acumulação de tralhas.
Pelo menos, utilizo, cada vez mais, os 5 R's pelos quais me rejo:
- Repensar os hábitos de consumo, só adquirindo o que necessito;
- Reduzir, quevem na linha do anterior, reduzindo o consumo
- Recusar: não aceitar e não comprar o não me interessa e o que prejudica o ambiente. Ppor exemplo, não adquirindo sacos de plástico ou recusar panfletos publicitários distribuídos na rua ou caixa do correio; - Reutilizar: faço-o, doando o que já não me faz falta e, ultimamente, após ter aderido ao Freecycle, é ver as coisas a desaparecerem cá de casa a um bom ritmo;
- Reciclar, que é algo que faço há mais de metade da minha vida e que farei para todo o sempre.
Um processo de destralhamento é tão bom para a nossa mente como para o nosso ambiente.
No início, era isto...
... e, no fim, ficou assim. Bem sei que está longe da perfeição. Ainda tem muito por onde se destralhar, mas, já há espaço para que a mesa possa ser utilizada e, mais para a frente, sei que vou melhorar, vão ver!
Aqui, está o que vai sair cá de casa!