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domingo, 13 de novembro de 2005

Mentiras...

- “Eu, saudades tuas, ainda não sinto!”, disse eu, e tu riste-te.
- “Não sinto, nem vou sentir”, repeti mais alto e um pouco ofendida com o teu riso. Mas, o teu riso não foi para me ofender, foi sim para me dizeres que tu também não querias ter saudades minhas, que se as tivesses seria contra a tua vontade.
Mas, tiveste, tiveste saudades minhas e eu tive saudades tuas, pois foste embora como disseste, foste embora como avisaste, foste embora como eu previ.

Foste embora e ainda não voltaste, e eu ainda tenho saudades tuas e espero que ainda tenhas saudades minhas.
Tu ainda tens saudades minhas, não tens? Diz que sim. Diz que tens saudades minhas e que, um dia, em breve, vais voltar. Diz apenas que sim.

1 comentário:

Batista disse...

"Quanto mais longe, mais perto me sinto de ti, como se os teus passos estivessem aqui ao pé de mim e eu pudesse seguir-te e falar-te e dizer-te quanto te amo e como te procuro, no meio duma destas ruas em que te vejo, zangado de saudade, no céu claro, no dia frio. devolve-me a minha vida e o meu tempo. diz qualquer coisa a este coração palerma que não sabe nada de nada, que julga que andas aqui perto e chama sem parar por ti. . ."

Obviamente que esta é uma transcrição. Tal como a Deolinda, "não sei falar de amor..."; recorro a quem pouco sabendo, parece ter sempre razão!