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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Há empresas assim...

... que estimulam a discussão, a criatividade, o ir além das ordens dadas...

Parte 1




Parte 2




Parte 3

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Em Português...


"... uma perca efectiva..."

- Quê? Sai um posta de perca com legumes,
'xavor!

domingo, 23 de novembro de 2008

Logo pela manhã...

Domingo, 23 de Novembro, 09h25

"Bom dia... Eu sei que ainda é cedo para um domingo, mas pronto, é dia de passeio e de compras, está um sol lindo que dá uma energia fantástica, há que aproveitar... Não sei se estava a sonhar contigo, mas hoje acordei a pensar em ti, por isso te envio mensagem tão cedo. Beijo grande e bom domingo ;) "

Digam lá se não vale a pena acordar assim, ao som de uma mensagem destas?


Séries do momento

Dead like me
Sic Mulher . 2ª a 5ª (00:45 ou 01:00)


Georgia Lass é desinteressada e, emocionalmente, distante da família e da sua própria vida. Depois de desistir dos estudos, começa a trabalhar na Happy Time, uma empresa de trabalho temporário. Na hora de almoço do primeiro dia de trabalho, Georgia morre ao ser atingida por um tampo de sanita da estação espacial Mir. Pouco depois de morrer, é informada que, em vez de ir para o Além, ficará na terra, responsável por tirar a alma a pessoas que morrem em acidentes, suicídios e homícidios.

Imagem: http://www.dublanet.com.br

sábado, 22 de novembro de 2008

Em Português...

(1) Sandra Sá Couto: "E vem de encontro às recomendações que vocês fizeram em 2007?"

(2) António Martins: "... em duas dessas propostas que fizémos, a videovigilância e o reforço da segurança activa dos tribunais (...), o Governo vai de encontro a essas nossas propostas..."

- Quê? O Governo, de tanto ao ir de encontro, farta-se de abalroar...

(1) Jornalista da RTP
(2) Sindicato dos Juízes Portugueses

Jornal da Tarde
(RTP - 20/11/2008
)


quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Eu Gab(o)bana o Dolce...

Em Português

"Vou passar a um colega que lhe vai indicar os procedimentos a fazer..."

- Quê? Ou melhor, "... os procedimentos a seguir...". 
As minhas desculpas pela incorrecção


Por: restolho, durante uma chamada telefónica com um cliente... ooppsss

Em Português

"... eles metem um preço barato..."

- Quê? Não será, antes, um preço baixo?

Ervilhinhas - update

Na sequência do post anterior, urge actualizar o progresso das "minhas ervilhinhas", pois, como é óbvio, houve evoluções: a S., o T. e a R. já cá estão connosco há alguns meses, para fazerem companhia ao G., à M. e ao A.
A cada dia que passa, mais lindos, espertos e inteligentes. E, não digo isto por serem meus "sobrinhos", claro! A minha opinião, aqui, é, totalmente, imparcial, como podem calcular...

Há mais uma ervilhinha a crescer, a formar-se e que irá brotar no ano que vem. Todos os meus "sobrinhos" são especiais, mas esta ervilhinha que vem a caminho tem um sabor diferente...
Ansiosa para ver as ecos, saber o sexo, ver a carinha, pegar ao colo, mimar, acarinhar, amar, estar presente e tirar resmas e resmas de fotos... É aguardar...

Há, assim, muitos pais em construção, pois isto é um processo.

Imagem retirada de: http://www.bonappegeek.com/


sábado, 15 de novembro de 2008

Pai em construção



"... resolvi perguntar-lhe o que é que ele dizia se tivesse de descrever o pai a alguém que não me conhecesse:
«Dizia que não podia falar com essa pessoa e que não podia entrar, porque o pai não o conhecia e essa pessoa podia ser um ladrão.»" (pág. 12)

"Para os novos pedagogos, bater nunca é a solução. E eu dou por mim a pensar quem serão esses novos pedagogos? Não terão eles filhos que se espojam no chão do supermercado se não lhes compram mais um brinquedo qualquer?" (pág. 79)

"Sei de pais que compraram carros mais baratos e que se mudaram para casas mais modestas só para terem os filhos em bons colégios. Eu sou incapaz de tanto altruísmo. Só mudava para uma casa mais barata se fosse para comprar um carro melhor. Não percebo a lógica de se abdicar de conduzir um BMW para colocar um filho no Valsassina e depois ir buscá-lo à porta do colégio de Fiat Punto." (pág. 94)

"As actividades extracurriculares das crianças estão muito na moda. Depois da escola, os miúdos dividem-se entre a equitação, o ballet, o karaté ou o judo, e outras actividades que tais.
Quem não tem nada para fazer depois da escola é porque é pobrezinho e mora longe. Todos os outros só têm autorização para aparecer em casa noite escura, de preferência, bastante cansados, a tempo de jantar e ir para a cama.
Os especialistas chamam a estes miúdos «crianças agenda». E porquê? Porque têm uma agenda mais preenchida que um administrador de seis empresas públicas: às segundas, é ginástica; às terças, natação; às quartas, é ballet; às quintas, karaté; às sextas, danças folclóricas do Uzbequistão; aos sábados, equitação; e aos domingos, «macacos me mordam se não há-de haver uma festinha de aniversário para impingir os putos»." (pág. 95)

"E não é só a mentir que as crianças aprendem com os adultos, também vão buscar a criatividade aos mais crescidos. São geralmente os pais que os convencem de que os presentes são dados por um velhinho de barbas brancas que nunca se vê, que a Páscoa é a altura do ano em que os coelhos põem ovos e que há uma fada que dá dinheiro a troco de dentes de leite. E depois admiram-se que as crianças sejam mentirosas." (pág. 101)

"Nos últimos anos, os pais passaram de eventuais negligentes a controlodores efectivos e as crianças são criadas e educadas numa cultura de risco zero. Os meninos não se podem sujar, não se podem magoar, não devem andar sozinhos nem falar com estranhos, não podem fazer recados nem ser achincalhados na escola." (pág. 127)

"Pai em Construção", de Francisco Abelha
(com ilustrações de Nuno Markl)
Editora Verso da Kapa


Em Português...

Esquálida

sórdida
imunda
abjecta
carrancuda


Em Português...

Exaurida

esvaziar
esgotar até à última gota
ensecar
dissipar, gastar até à última
enfraquecer
depauperar


sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Em boa companhia

Juntar as amigas cá em casa (agora, já com os respectivos bebés - não é por serem meus "sobrinhos", mas estão cada vez mais inteligentes e lindos), é um dos únicos motivos que me leva à cozinha.

Este foi o resultado:

Peito de Frango recheado com pasta de farinheira
Arroz de açafrão (nunca um arroz me tinha saído tão bem)


Frango:
4 peitos de frango
100 g de cogumelos
100 g de tâmaras
1 farinheira
0,5 dl de Vinho do Porto
Azeite, sal e pimenta

Lave, escorra e pique os cogumelos. Descaroce e pique as tâmaras. Tire a pele à farinheira.
Salteie os cogumelos em azeite. Depois, junte as tâmaras e a farinheira desfeita em pedaços. Mexa, enquanto cozinha, até desfazer a farinheira. Pode temperar com sal e pimenta.
Abra os peitos de frango como se fossem pãezinhos, recheie com a pasta de farinheira e prenda com palitos (nota: na receita original, os peitos são barrados com mostarda).
Aloure os peitos de frango, de ambos os lados, em azeite. Pode temperar com sal e pimenta. Borrife com o vinho do Porto. Tape e deixe cozinhar durante cerca de 10 minutos em lume brando.


Arroz:
1 cebola
1 chávena de arroz
2 chávenas de água
1 colher (café) de açafrão em pó
Azeite
, sal

Descasque e pique, finamente, a cebola e leve a alourar em azeite. Junte o arroz e deixe-o absorver a gordura, mexendo para não queimar. Polvilhe com o açafrão. Junte a água a ferver e tempere com sal.
Tape e deixe cozer, em lume moderado, durante 15 a 20 minutos.

(ambas as receitas foram retiradas de www.vaqueiro.pt - a de frango sofreu pequenas adaptações)


Para o lanche - Bolo de chocolate



Bolo:
1 dl de água
75 g de chocolate em pó
300 g de açúcar
250 g de farinha
5 ovos
1 dl de óleo
1 colher (café) de sal fino
3 colheres (chá) de fermento em pó
1 colher (sopa) de açúcar

Creme:
100 g de açúcar
250 g de margarina
2 ovos
80 g de chocolate em barra
1 fio de leite

Leve a água ao lume, na qual desfaz o chocolate em pó (não deixe aquecer demasiado).
Num recipiente, misture o açúcar, a farinha, as gemas, o óleo, o fermento, o sal e o chocolate. Mexa bem.
Bata as claras em castelo e, no fim, adicione a colher de açúcar. Junte as claras ao preparado, mexendo bem. Leve a cozer, no forno, em forma sem buraco, untada de margarina e polvilhada com farinha.

Entretanto, faça o creme. Misture o açúcar com a margarina, previamente, derretida. Junte os ovos inteiros. Derreta o chocolate, no fio de leite, e adicione ao preparado. Deixe arrefecer entre 45 a 60 minutos, para obter a consistência necessária para barrar o bolo.

Depois de cozido e desenformado, corte o bolo, ao meio, na horizontal. Recheie com uma parte do creme e cubra-o com o restante.
Pode polvilhar com chocolate granulado (eu preferi decorar com nozes).

(não me recordo onde encontrei esta receita, mas, também, a adaptei: juntei um pouco de canela à massa do bolo. Adoro canela e, em quase todos os bolos que faço, uso-a).

Nota: esta receita é diferente da que usei para o outro bolo de chocolate que mostrei aqui no blog. Quando encontrar essa receita, partilho.



quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Brasil romântico... e não só



"É isso aí", Ana Carolina e Seu Jorge




Versão original: "The Blower's Daughter", Damien Rice





"Eu sei", Papas da Língua

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Em Português...

"Françês" *

- Quê? Voçê tem a çerteza ou era só para ver çe estávamos atentos?

(Programa "Língua Viva" - RTP)


segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Em Português...

* Animais que começam com a letra P:
Perguiça
Pimguim

- Quê? 'Tou cá com uma perguiça... quer dizer, pimguim...

* Programa Todos em Linha
(SIC, 10/11/2008)


domingo, 9 de novembro de 2008

Em Português...

"Será que os jogadores do Porto ainda não perceberam que Romagnoli aparece, sempre, a superiorizar-se, numericamente, pelo flanco..." *

- Quê? Tem clones?


*Comentador desportivo, jogo Sporting CP - FC Porto
(TVI - Taça de Portugal, 09/11/2008)


Frango com molho de cerveja


Há já bastante tempo (tempo demais...) que não recebia e oferecia um jantar. Foi bom, mas quero mais!
A delícia figurada acima e descrita abaixo, foi precedida por pão com alho e pasta de ervas aromáticas, acompanhada por Tinto Serras de Azeitão de 2007 e rematada por Bavaroise de Ananás. Obra dos convivas.

Receita:
Corte 1 cebola média em meias-luas e refogue em azeite, até ficar dourada.
Junte 1 frango (de tamanho médio), previamente, cortado em pedaços e temperado com orégãos (queria utilizar limão, mas não havia cá em casa). Deixe corar de ambos os lados.
Adicione 1 cerveja preta e deixar cozer.
À parte, dissolva 2 colheres de sopa de amido de milho (vulgo farinha maizena) num pouco de água e junte ao frango, quando estiver quase cozido. Mexa bem até o molho começar a engrossar.
Entretanto, refogue, em azeite, pimentos cortados em pequenos cubos (pimento vermelho, laranja, amarelo e vermelho: 1/4 de cada).
Acrescente massa fusilli, previamente cozida e escorrida e envolva bem.
Sirva com o molho da carne à parte.


Nota: receita retirada de www.receitasemenus.net, mas alterada.

Em Português...

"Num dos mails que me enviaste ontem usastes um tipo de fragiologia..."

- Quê? Usastes um tipo frágil?

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ensinar...


O que é mau, deve ser repreendido e corrigido, sem dúvida.

O que é bom, deve ser exaltado e festejado.

Só, assim, aprendemos a dar valor ao bom, a ficar felizes quando algo bom acontece, não subestimando esses momentos vendo-os como algo banal, corriqueiro, sem motivo para alarde ou celebração.

Só, assim, aprendemos a não sobrevalorizar o mau, entrando em pânico e vendo-nos como uma pessoa a quem o azar persegue quando algo mau sucede.

Ensinem, aos vossos filhos, o que é bom e o que é mau, o que está certo e o que está errado.
Não se limitem a repreender o mau. É, igualmente, importante, festejar o bom, para que possamos viver a vida, plenamente!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ganhou... e agora?


Não vai salvar o mundo, mas será que vai ajudar a mudá-lo?

Todos juntos, conseguiremos!

YES, WE CAN!

Imagem: New York Times

Discurso de vitória (traduzido por Maria João Batalha Reis)

"Boa noite, Chicago. Se ainda houver alguém que duvida que a América é o lugar onde todas as coisas são possíveis, que questiona se o sonho dos nossos fundadores ainda está vivo, que ainda duvida do poder da nossa democracia, teve esta noite a sua resposta.

É a resposta dada pelas filas de voto que se estendiam em torno de escolas e igrejas em números que esta nação jamais vira, por pessoas que esperaram três e quatro horas, muitas pela primeira vez na sua vida, porque acreditavam que desta vez tinha de ser diferente, que as suas vozes poderiam fazer essa diferença.

É a resposta dada por jovens e velhos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, asiáticos, nativos americanos, homossexuais, heterossexuais, pessoas com deficiências e pessoas saudáveis. Americanos que enviaram uma mensagem ao mundo, a de que nunca fomos apenas um conjunto de indivíduos ou um conjunto de Estados vermelhos e azuis.

Somos e sempre seremos os Estados Unidos da América.

É a resposta que levou aqueles, a quem foi dito durante tanto tempo e por tantos para serem cínicos, temerosos e hesitantes quanto àquilo que podemos alcançar, a porem as suas mãos no arco da História e a dobrá-lo uma vez mais em direcção à esperança num novo dia.

Há muito que isto se anunciava mas esta noite, devido àquilo que fizemos neste dia, nesta eleição, neste momento definidor, a mudança chegou à América.

Há pouco recebi um telefonema extraordinariamente amável do Senador McCain.

O Senador McCain lutou longa e arduamente nesta campanha. E lutou ainda mais longa e arduamente pelo país que ama. Fez sacrifícios pela América que muitos de nós não conseguimos sequer imaginar. Estamos hoje melhor devido aos serviços prestados por este líder corajoso e altruísta.

Felicito-o e felicito a governadora Palin por tudo aquilo que alcançaram. Espero vir a trabalhar com eles para renovar a promessa desta nação nos próximos meses.

Quero agradecer ao meu parceiro neste percurso, um homem que fez campanha com o seu coração e falou pelos homens e mulheres que cresceram com ele nas ruas de Scranton e viajaram com ele no comboio para Delaware, o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.

E eu não estaria aqui hoje sem o inabalável apoio da minha melhor amiga dos últimos 16 anos, a pedra angular da nossa família, o amor da minha vida, a próxima Primeira Dama do país, Michelle Obama.

Sasha e Malia, amo-vos mais do que poderão imaginar. E merecem o novo cachorro que virá connosco para a nova Casa Branca.

E embora ela já não esteja entre nós, sei que a minha avó está a observar-me, juntamente com a família que fez de mim aquilo que sou. Tenho saudades deles esta noite. Reconheço que a minha dívida para com eles não tem limites.

Para a minha irmã Maya, a minha irmã Alma, todos os meus outros irmãos e irmãs, desejo agradecer-vos todo o apoio que me deram. Estou-vos muito grato.

E ao meu director de campanha, David Plouffe, o discreto herói desta campanha, que, na minha opinião, concebeu a melhor campanha política da história dos Estados Unidos da América.

E ao meu director de estratégia, David Axelrod, que me tem acompanhado em todas as fases do meu percurso.

Para a melhor equipa alguma vez reunida na história da política: tornaram isto possível e estou-vos eternamente gratos por aquilo que sacrificaram para o conseguir.

Mas acima de tudo nunca esquecerei a quem pertence verdadeiramente esta vitória. Ela pertence-vos a vós. Pertence-vos a vós.

Nunca fui o candidato mais provável para este cargo. Não começámos com muito dinheiro nem muitos apoios. A nossa campanha não foi delineada nos salões de Washington. Começou nos pátios de Des Moines, em salas de estar de Concord e nos alpendres de Charleston. Foi construída por homens e mulheres trabalhadores que, das suas magras economias, retiraram 5 e 10 e 20 dólares para a causa.

Foi sendo fortalecida pelos jovens que rejeitavam o mito da apatia da sua geração e deixaram as suas casas e famílias em troca de empregos que ofereciam pouco dinheiro e ainda menos sono.

Foi sendo fortalecida por pessoas menos jovens, que enfrentaram um frio terrível e um calor sufocante para irem bater às portas de perfeitos estranhos, e pelos milhões de americanos que se ofereceram como voluntários, se organizaram e provaram que mais de dois séculos depois, um governo do povo, pelo povo e para o povo não desaparecera da Terra.

Esta vitória é vossa.

E sei que não fizeram isto apenas para vencer uma eleição. E sei que não o fizeram por mim.

Fizeram-no porque compreendem a enormidade da tarefa que nos espera. Porque enquanto estamos aqui a comemorar, sabemos que os desafios que o amanhã trará são os maiores da nossa vida – duas guerras, uma planeta ameaçado, a pior crise financeira desde há um século.

Enquanto estamos aqui esta noite, sabemos que há americanos corajosos a acordarem nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para arriscarem as suas vidas por nós.

Há mães e pais que se mantêm acordados depois de os seus filhos adormecerem a interrogarem-se sobre como irão amortizar a hipoteca, pagar as contas do médico ou poupar o suficiente para pagar os estudos universitários dos filhos.

Há novas energias para aproveitar, novos empregos para serem criados, novas escolas para construir, ameaças para enfrentar e alianças para reparar.

O caminho à nossa frente vai ser longo. A subida vai ser íngreme. Podemos não chegar lá num ano ou mesmo numa legislatura. Mas América, nunca estive tão esperançoso como nesta noite em como chegaremos lá.

Prometo-vos. Nós, enquanto povo, chegaremos lá.

Haverá reveses e falsas partidas. Há muitos que não concordarão com todas as decisões ou políticas que eu tomar como presidente. E sabemos que o governo não consegue solucionar todos os problemas.

Mas serei sempre honesto para convosco sobre os desafios que enfrentarmos. Ouvir-vos-ei, especialmente quando discordarmos. E, acima de tudo, pedir-vos-ei que adiram à tarefa de refazer esta nação da única forma como tem sido feita na América desde há 221 anos – pedaço a pedaço, tijolo a tijolo, e com mãos calejadas.

Aquilo que começou há 21 meses no rigor do Inverno não pode acabar nesta noite de Outono.

Somente a vitória não constitui a mudança que pretendemos. É apenas a nossa oportunidade de efectuar essa mudança. E isso não poderá acontecer se voltarmos à forma como as coisas estavam.

Não poderá acontecer sem vós, sem um novo espírito de empenho, um novo espírito de sacrifício.

Convoquemos então um novo espírito de patriotismo, de responsabilidade, em que cada um de nós resolve deitar as mãos à obra e trabalhar mais esforçadamente, cuidando não só de nós mas de todos.

Recordemos que, se esta crise financeira nos ensinou alguma coisa, é que não podemos ter uma Wall Street florescente quando as Main Street sofrem.

Neste país, erguemo-nos ou caímos como uma nação, como um povo. Resistamos à tentação de retomar o partidarismo, a mesquinhez e a imaturidade que há tanto tempo envenenam a nossa política.

Recordemos que foi um homem deste Estado que, pela primeira vez, transportou o estandarte do Partido Republicano até à Casa Branca, um partido fundado em valores de independência, liberdade individual e unidade nacional.

São valores que todos nós partilhamos. E embora o Partido Democrata tenha alcançado uma grande vitória esta noite, fazemo-lo com humildade e determinação para sarar as divergências que têm atrasado o nosso progresso.

Como Lincoln disse a uma nação muito mais dividida do que a nossa, nós não somos inimigos mas amigos. Embora as relações possam estar tensas, não devem quebrar os nossos laços afectivos.

E àqueles americanos cujo apoio ainda terei de merecer, posso não ter conquistado o vosso voto esta noite, mas ouço as vossas vozes. Preciso da vossa ajuda. E serei igualmente o vosso Presidente.

E a todos os que nos observam esta noite para lá das nossas costas, em parlamentos e palácios, àqueles que estão reunidos em torno de rádios em cantos esquecidos do mundo, as nossas histórias são únicas mas o nosso destino é comum, e uma nova era de liderança americana está prestes a começar.

Aos que querem destruir o mundo: derrotar-vos-emos. Aos que procuram a paz e a segurança: apoiar-vos-emos. E a todos aqueles que se interrogavam sobre se o farol da América ainda brilha com a mesma intensidade: esta noite provámos novamente que a verdadeira força da nossa nação não provém do poder das nossas armas ou da escala da nossa riqueza, mas da força duradoura dos nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e uma esperança inabalável.

É este o verdadeiro génio da América: que a América pode mudar. A nossa união pode ser aperfeiçoada. O que já alcançámos dá-nos esperança para aquilo que podemos e devemos alcançar amanhã.

Esta eleição contou com muitas estreias e histórias de que se irá falar durante várias gerações. Mas aquela em que estou a pensar esta noite é sobre uma mulher que depositou o seu voto em Atlanta. Ela é muito parecida com os milhões de pessoas que aguardaram a sua vez para fazer ouvir a sua voz nestas eleições à excepção de uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos.

Ela nasceu apenas uma geração depois da escravatura, numa época em que não havia automóveis nas estradas nem aviões no céu; em que uma pessoa como ela não podia votar por duas razões – porque era mulher e por causa da cor da sua pele.

E esta noite penso em tudo o que ela viu ao longo do seu século de vida na América – a angústia e a esperança; a luta e o progresso; as alturas em que nos foi dito que não podíamos e as pessoas que não desistiram do credo americano: Sim, podemos.

Numa época em que as vozes das mulheres eram silenciadas e as suas esperanças destruídas, ela viveu o suficiente para se erguer, falar e votar. Sim, podemos.

Quando havia desespero e depressão em todo o país, ela viu uma nação vencer o seu próprio medo com um New Deal, novos empregos, e um novo sentimento de um objectivo em comum. Sim, podemos.

Quando as bombas caíam no nosso porto e a tirania ameaçava o mundo, ela esteve ali para testemunhar uma geração que alcançou a grandeza e salvou uma democracia. Sim, podemos.

Ela viu os autocarros em Montgomery, as mangueiras em Birmingham, uma ponte em Selma, e um pregador de Atlanta que dizia às pessoas que elas conseguiriam triunfar. Sim, podemos.

Um homem pisou a Lua, um muro caiu em Berlim, um mundo ficou ligado pela nossa ciência e imaginação.

E este ano, nestas eleições, ela tocou com o seu dedo num ecrã e votou, porque ao fim de 106 anos na América, tendo atravessado as horas mais felizes e as horas mais sombrias, ela sabe como a América pode mudar.

Sim, podemos.

América, percorremos um longo caminho. Vimos tanto. Mas ainda há muito mais para fazer. Por isso, esta noite, perguntemos a nós próprios – se os nossos filhos viverem até ao próximo século, se as minhas filhas tiverem a sorte de viver tantos anos como Ann Nixon Cooper, que mudança é que verão? Que progressos teremos nós feito?

Esta é a nossa oportunidade de responder a essa chamada. Este é o nosso momento.

Este é o nosso tempo para pôr o nosso povo de novo a trabalhar e abrir portas de oportunidade para as nossas crianças; para restaurar a prosperidade e promover a causa da paz; para recuperar o sonho americano e reafirmar aquela verdade fundamental de que somos um só feito de muitos e que, enquanto respirarmos, temos esperança. E quando nos confrontarmos com cinismo e dúvidas e com aqueles que nos dizem que não podemos, responderemos com o credo intemporal que condensa o espírito de um povo: Sim, podemos.

Muito obrigado. Deus vos abençoe. E Deus abençoe os Estados Unidos da América."


Paul Newman: uma modesta homenagem...






































1925 - 2008


Um homem bonito, um actor brilhante, mas, acima de tudo, uma pessoa que se dedicou à sua própria vida e à vida dos outros.

A minha memória mais antiga de Paul Newman, descobri, agora, que é do filme Cool Hand Luke.
Lembro-me dele a sorrir (imagem de marca da personagem), dentro de um carro da polícia, depois de ter sido apanhado, após mais outra fuga da prisão.
Nem tenho a certeza se essa imagem é real, mas é do que lembro!

Um pouco mais sobre Paul Newman

Imagens:
www.theinsider.com
Getty Images

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Em Português...


- Quê? O "inado" foi de férias?

* café-restaurante, em Armação de Pêra
(Agosto de 2008)


Experiências...

Sempre disse que não era para mim, que não fazia o meu género, que não gostava... mas nunca tinha experimentado.
Este ano, experimentei! Agora, posso dizê-lo com propriedade: não é para mim, não faz o meu género, não gosto! Eu sou muito mais quarto de hotel!
Toda aquela experiência de dormir no chão rodeada de paredes de tecido que não nos protegem do pó, do lixo (raminhos e folhas secas que entram connosco no "quarto"), do barulho dos vizinhos e do calor de manhã bem cedo, de sair do "quarto" directo para a rua, de me vestir num local onde não consigo estar de pé, de dividir a casa-de-banho com milhares de pessoas que não conheço (pronto, cada um toma a sua banhoca à vez, não há cá convivências...) é devastadora!
Não vou repetir, jamais!

Agradeço a quem me aturou nesse fim-de-semana: sei que não foi fácil!
Valeu pela companhia e pela diversão nocturna nos bares e ruas da localidade.

Para quem não sabe do que falei nos parágrafos acima, aqui segue um registo fotográfico da experiência.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Finding Neverland

Londres. 1903. O dramaturgo escocês J.M. Barrie (1860-1937) (Johnny Depp) assiste ao falhanço da sua mais recente peça. Na sua procura de inspiração pelos jardins de Kensington conhece a família Llewelyn Davies: quatro jovens rapazes e a sua mãe recentemente viúva, Sylvia (Kate Winslet). Apesar da desaprovação desta amizade por parte da mãe de Sylvia, Emma du Maurier (Julie Christie), e da própria mulher de Barrie, Mary (Radha Mitchell), a amizade com esta família, em especial através das brincadeiras com as crianças, serviu de matéria-prima para a famosa obra Peter Pan.

“Finding Neverland” fala de acreditar na magia, a magia das ligações entre as pessoas, a liberdade e a verdade que devemos manter connosco próprios. E, acima de tudo, de compreendermos o que realmente significa crescer, sem romper com o passado, mas aceitando-o, sabendo encontrar essa tal Terra do Nunca, um lugar para onde as crianças vão quando o seu ser terreno é obrigado a crescer, um lugar seguro, longe das mentiras do mundo adulto, onde estão sempre protegidos.

Realização: Marc Forster. Elenco: Johnny Depp, Kate Winslet, Julie Christie, Rhada Mitchell, Dustin Hoffman, Freddie Highmore, Joe Prospero, Nick Roud, Luke Spill, Ian Hart, Kelly Macdonald. Nacionalidade: EUA / Reino Unido, 2004.

Fonte: Cinerama



Um dos meus actores favoritos, pela sua versatilidade e pela fantástica interpretação das suas personagens, às quais se entrega de uma forma deliciosa!

Quero ver todos!

Filmografia / Biografia

Imagens:
http://www.reelingreviews.com
http://www.criticsrant.com