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terça-feira, 25 de julho de 2006

"O Papalagui"



"Todos os Papalaguis (1) têm uma profissão. É difícil explicar-vos o que isso é. É qualquer coisa que uma pessoa devia ter vontade de fazer, mas que raramente tem."

"É raro que um Papalagui adulto saiba ainda dar cambalhotas ou fazer cabriolas como uma criança. Ao andar arrasta o corpo, como se houvesse alguma coisa a entravar-lhe os movimentos. Nega ele que isto seja uma fraqueza e pretende que correr, dar cambalhotas ou fazer cabriolas é contrário à dignidade de um indivíduo que se preze. Mas é uma explicação falsa, esta; na realidade, os seus ossos endureceram e tornaram-se rígidos e os músculos perderam toda a flexibilidade, pois a profissão dele os condenou ao sono e à morte."

"Com efeito, o homem não é constituído unicamente por uma mão, por um pé ou por uma cabeça: ele é tudo isso ao mesmo tempo. Mão, pé, cabeça foram feitos para estarem juntos. Um ser humano saudável sente-se realmente feliz quando todas as partes do seu corpo vivem em harmonia com os seus sentidos, e não quando apenas uma parte do seu corpo vive, e todas as outras estão mortas. Isso perturba, desespera e faz uma pessoa adoecer."

"Quando se pergunta a um Papalagui:«Porque é que pensas assim tanto?», ele responde:«Para não ficar estúpido!» Um Papalagui que não pense é considerado válea (2), quando, na verdade, se devia ter como sinal de inteligência encontrar alguém o seu caminho sem ter necessidade de pensar."

"O Papalagui, com a sua maneira de viver, prova-nos que pensar é uma doença grave, que grande valor rouba a um ser humano."

"(1) Papalagui designa o BRanco, o Estrangeiro, mas traduzido literalmente significa «o que trespassa o céu». O primeiro missionário branco a abordar Samoa ia num barco à vela. Vendo, de longe, o barco, tomaram os indígenas as suas velas brancas por um buraco feito no céu, pelo qual o Branco descia até eles; e foi assim que este «trespassou» o céu."

(2) Estúpido


"O Papalagui - discursos de tuiavii chefe de tribo de tiavéa nos mares do sul"

"Bookcrossing - comentários"

quarta-feira, 19 de julho de 2006

"Un viejo que leía novelas de amor"



"Arriba, al borde de la pendiente, la hembra movía el rabo frenética. Las pequeñas orejas vibrabam captando todos los ruidos de la selva, pero no atacaba. Sorprendido, el viejo se movió lentamente hata recuperar la escopeta. - Por qué no atacas? Qué juego es este? Abrió los martillos percutores y se echó el arma a los ojos. A esa distancia no podía fallar. Arriba, el animal no despegaba los ojos de encima. De improviso, rugió, triste y cansada, y se echó sobre las patas. La débil respuesta del macho le llegó muy cerca y no costó encontrarlo. Era más pequeño que la hembra y estaba tendido al amparo de un tronco hueco. Presentaba la piel pegada al esqueleto y un muslo casi arrancado del cuerpo por una perdigonada. El animal apenas respiraba, y la agonía se veía dolorosíssima. - Eso buscabas? Que le diera el tiro de gracia? - gritó el viejo hacia la altura, y la hembra se ocultó entre las plantas. Se acercó al macho herido y le palmoteó la cabeza. El animal apenas alzó un párpado, y al examinar con detención la herida vio que se lo empezaban a comer las hormigas. Puso los dos cañones en el pecho del animal. - Lo siento, compañero. Ese gringo hijo de la gran puta nos jodió la vida a todos. - Y disparó." (...) "Entonces apretó los gatillos y el animal se detuvo en el aire, quebró el cuerpo a un costado y cayó pesadamente con el pecho abierto por la dobre perdigonada. Antonio José Bolívar Proaño se incorporó lentamente. Se acercó al animal muerto y se estremeció al ver que la doble carga la había destrozado. El pecho era un cardenal gigantesco y por la espalda asomaban restos de tripas y pulmones deshechos. Eramás grande de lo que había pensado al verla por primeira vez. Flaca y todo, era un animal soberbio, hermoso, una obra maestra de gallardía imposible de reproducir ni con el pensamiento. El viejo la acarició, ignorando el dolor del pie herido, y lloró avergonzado, sintiéndose indigno, envilecido, en ningún caso vencedor de esa batalla. Con los ojos nublados de lágrimas y lluvia, empujó el cuerpo del animal hasta la orilla del río, y las aguas se lo llevaron selva adentro, hasta los territorios jamás profanados por el hombre blanco, hasta el encuentro con el Amazonas, hacia los rápidos donde sería destrozado por puñales de piedra, a salvo para siempre de las indignas alimañas. Enseguida arrojó con furia la escopeta y la vio hundirse sin gloria. Bestia de metal indeseada por todas las criaturas. Antonio José Bolívar Proaño se quitó la dentadura postiza, la guardó envuelta en el pañuelo y, sin dejar de maldecir al gringo inaugurador de la tragedia, al alcalde, a los buscadores de oro, a todos los que emputecían la virginidad de su amazonía, cortó de un machetazo una gruesa rama, y apoyado en ella se echó a andar en pos de El Edilio, de su choza, y de sus novelas que hablaban del amor con palabras tan hermosas que a veces le haían olvidar la barbarie humana."

"Un viejo que leía novelas de amor", Luis Sepúlveda

"Bookcrossing - comentários"

sábado, 15 de julho de 2006

"So sick"




Gotta change my answering machine

Now that I'm alone
Cuz right now it says that we
Can't come to the phone
And I know it makes no sense
Cuz you walked out the door
But it's the only way I hear your voice anymore
(it's ridiculous)
It's been months
And for some reason I just
(can't get over us)
And I'm stronger than this
(enough is enough)
No more walking round
With my head down
I'm so over being blue
Crying over you

And I'm so sick of love songs
So tired of tears
So done with wishing you were still here
Said I'm so sick of love songs so sad and slow
So why can't I turn off the radio?

Gotta fix that calender I have
That's marked July 15th
Because since there's no more you
There's no more anniversary
I'm so fed up with my thoughts of you
And your memory
And how every song reminds me
Of what used to be

That's the reason I'm so sick of love songs
So tired of tears
So done with wishing you were still here
Said I'm so sick of love songs so sad and slow
So why can't I turn off the radio?

(Leave me alone)
Leave me alone
(Stupid love songs)
Don't make me think about her smile
Or having my first child
Let it go
Turning off the radio

Cuz I'm so sick of love songs
So tired of tears
So done with wishing she was still here
Said I'm so sick of love songs so sad and slow
So why can't I turn off the radio?
(why can't I turn off the radio?)

Said I'm so sick of love songs
So tired of tears
So done with wishing she was still here
Said I'm so sick of love songs so sad and slow
So why can't I turn off the radio?
(why can't I turn off the radio?)

And I'm so sick of love songs
So tired of tears
So done with wishin you were still here
Said I'm so sick of love songs so sad and slow
Why can't I turn off the radio?
(why can't I turn off the radio?)
Why can't I turn off the radio?

"So Sick", Ne-Yo


quarta-feira, 12 de julho de 2006

"The Virgin Suicides"



"We knew what it felt like to see a boy with his shirt off (...).

We knew the pain of winter wind rushing up your skirt, and the ache of keeping your knees together in class, and how drab and infuriating it was to jump rope while the boys played baseball. We could never understand why the girls care so much about being mature, or why they felt compelled to compliment each other, but sometimes, after one of us had read a long portion of the diary out loud, we had to fight back the urge to hug one another or to tell each other how pretty we were. We felt the imprisonment of being a girl, the way it made your mind active and dreamy, and how you ended up knowing which colors went together. We knew that the girls were our twins, that we all existed in space like animals with identical skins, and that they knew everything about us though we couldn´t fathom them at all. We knew, finally, that the girls were really women in duisguise, that they understood love and even death, and that our job was merely to create the noise that seemed to fascinate them."

"The Virgin Suicides", Jeffrey Eugenides

segunda-feira, 10 de julho de 2006

Cenas (que deviam ser) quotidianas da vida...

Na praia, a saltitar, água dentro, água fora.
A outra, constrói castelos na areia molhada.
Sorrisos, gargalhadas.
De dentro de água, o pai observa, com ar de satisfação.


"Ai...!", grita a mãe, ao mesmo tempo, que corre e solta pequenas gargalhadas.
"Podes vir. Eu não faço mais", promete a filha adolescente. Por dentro, deve estar a rir, pois, assim que a apanha desprevenida, torna a repetir o feito.
Desta vez, a mãe grita: "Tonta! Estou toda molhada!"
Tudo isto no meio de sorrisos e gargalhadas.
A filha começa a desenhar algo, com os pés, na areia molhada, enquanto a mãe dança ao som da música que vem do bar da praia. No meio da brincadeira, a mãe destrói, propositadamente, os rabiscos da filha.
"Ó mãe, é mesmo lixada!".
Repetição de risos e gargalhadas.


Dentro de água, dois amigos correm atrás um do outro e molham-se, simultanemente. Correm, depois, para a areia. Voltam para a água. Não param de correr. Não param de rir.


"Olhe, tem de inclinar-se para trás, para manter o equilíbrio. Olhe como o pai está a fazer."
Passam três bicicletas: à frente, o pai, seguido do filho mais pequeno e, logo, depois, o mais velho. Este tenta imitar o pai: larga as mãos da bicicleta e abre os braços. "Incline-se para trás, para se equilibrar", repete o pai, enquanto faz o mesmo. Aos poucos, o miúdo lá vai conseguindo efectuar a proeza.
Mais à frente, bicicletas no chão e sorrisos para a foto. Os miúdos inclinam-se para ver como ficaram no retrato tirado pelo pai.
"Este é o video. Quando chegarmos a casa, o pai mostra". Pegam nas bicicletas e rumam a casa, ao fim de uma tarde que pareceu preenchida de movimento, risos, divertimento.



Foi feitiço...

Eu gostava de olhar para ti
E dizer-te que és uma luz
Que me acende a noite
me guia de dia e seduz

Eu gostava de ser como tu
Não ter asas e poder voar
ter o céu como fundo
ir ao fim do mundo e voltar

Eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço! O que é que me deu?
para gostar tanto assim de alguém como tu

Eu gostava que olhasses para mim
E sentisses que sou o teu mar
Mergulhasses sem medo um olhar em segredo
Só para eu te abraçar

O primeiro impulso, é sempre mais justo
É mais verdadeiro.
E o primeiro susto, dá voltas e voltas
Na volta redonda de um beijo profundo

Foi Feitiço - André Sardet

domingo, 9 de julho de 2006

Culinária...


Mais um jantar com amigos do coração! Obrigada.

Desta vez, tivémos Italian Meetballs with Tomato Sauce", acompanhadas com massa espiral com queijo ralado. Tudo bem regado com vinhos do melhor: Muralhas (verde branco, que traz boas lembranças) e Monte das Servas (tinto).

Bruschettas de cogumelos e linguiça frita, abriram-nos o apetite!
Para terminar o repasto, uma "Delícia Sucesso" (uma autêntica bomba calórica, mas com fruta, para disfarçar).

Disse quem comeu, que estava muito bom.

Venham mais vezes: adoro cozinhar para os amigos e vocês sabem disso!

Entrada...

Meatballs with tomato sauce...




Esta receita foi adaptada do livro "A little taste of... Italy", oferecido pelo casal maravilha S&S.

Ingredientes
azeite q.b.
1 cebola finamente picada
3 dentes de alho esmagados
salsa picada, mangericão, óregãos, sementes de funcho e cominhos q.b.
100 g de pinhões picados
5o g de pão ralado
250 g de requeijão (ou queijo ricotta)
25 g de queijo parmesão ralado
casca ralada de 1 limão
1 ovo
500 g de carne picada (porco ou vaca)
1,5 kg de tomate
125 ml de vinho tinto

Numa frigideira, leve ao lume, o azeite, a cebola e os pinhões, até a cebola ficar macia e os pinhões, ligeiramente, dourados. Junto o alho e cozinhe por mais uns minutos. Reserve e deixe arrefecer.

Coloque as ervas, o pão ralado, o requeijão, o queijo ralado, a raspa de limão e o ovo numa tigela. Adicione a carne picada, envolvendo bem. Junte a cebola e os pinhões (já frios) e mexa até todos os ingredientes estarem ligados.
Leve o preparado ao frigorífico durante 30 minutos ou durante a noite.

Faça pequenas bolas com o preparado (do tamanho de nozes) e, depois, espalme-as.
Leve as "almôndegas" a fritar, numa frigideira com azeite quente. Frite até ficarem douradas de ambos os lados. Reserve.

Para fazer o molho, pele e pique os tomates. Leve, os tomates e o vinho com o louro, óregãos e mangericão, a cozinhar na frigideira das "almôndegas", durante cerca de 5 minutos. Com cuidado, junte as "almôndegas" ao molho de tomate. Tape a frigideira e deixe cozinhar por mais 10 minutos. Sirva 10 minutos depois de desligar o lume.

A sobremesa...




Delícia Sucesso

Ingredientes
1 lata de leite condensado
200g de bolacha Maria
1 lata de pêssego em calda
1 pacote de gelatina de pêssego
3 dl de leite meio gordo
2 dl de natas
4 gemas
2 colheres (sobremesa) de farinha Maizena
2 cascas de limão

Prepare a gelatina no dia anterior, para solidificar bem.
Tape o fundo de uma travessa com bolachas.
Leve, ao lume, o leite condensado, 2 dl de leite e as cascas de limão, até ferver.
À parte, junte o restante leite com as gemas e a farinha, envolvendo bem. adicione o leite fervido a esta mistura e leve, novamente, ao lume até engrossar, ligeiramente. Deite o creme, ainda quente, sobre as bolachas e deixe arrefecer.
Bata as natas até ficarem bem consistentes.
Pique a gelatina e coloque sobre o preparado anterior e, de seguida, coloque o pêssego cortado em pedaços. Deite, por cima, as natas.
Leve ao frigorífico até servir.

domingo, 2 de julho de 2006

"The Secret Life of Bees"



"«I was wondering -» I stopped, looking for a way to ask her.

«You were wondering if there was ever a time when I almost got married.»
«Yeah,» I said. «I guess I was.»
«I decided against marrying altogether. There were enough restrictions in my life without someone expecting me to wait on him hand and foot. Not that I'm against marrying, Lily. I'm just against how it's set up.»
(...)
«Weren't you ever in love?» I asked.
«Being in love and getting married, now, that's two different things. I was in love once, of course I was. Nobody should go through life without falling in love.»
«But you didn't love him enough to marry him?»
She smiled at me. «I loved him enough,» she said. «I just loved my freedom more.»

(...)

She laughed again. «You know, some things don't matter much, Lily. Like the color of a house. How big is that in the overall scheme of life? But lifting a person's heart - now, that matters. The whole problem with people is - »
«They don't know what matters and what doesn't,» I said, filling her sentence and feeling proud of myself for doing so.
«I was gonna say, The problem is they know what matters, but they don't choose it. You know how hard that is, Lily? I love May, but it was still so hard to choose Caribbean Pink. The hardest thing on earth is choosing what matters.»"

(...)

«You've been halfway living your life too long. MAy was saying that when it's time to die, go ahead and die, and when it's time to live, live. Don't sort-of-maybe live, but live like you're going all out, like you're not afraid.»

"The Secret Life of Bees", Sue Monk Kidd

Portugal Campeão do Mundo

”Campeão Mundial de Horseball-Pato Indoor – 2006”

”Vários – Equipas”

”Vários – Individuais”

”Campeão Mundial de Canoagem”

”Campeão do Mundo de Pesca ao Achigã - 2006”

”Campeão do Mundo de Bodyboard - 2003”

”Campeão do mundo de Hóquei em Patins - 2003”

”Vários Sportinguistas”

”Campeão do Mundo de Robocup - 2006”

”Campeão do Mundo de Futebol de Mesa – 2003, 2004 e 2005”

”Campeão do Mundo de Todo-o-Terreno - 2003”

”Campeão Mundial Laser Standard - 2003”

”Campeão do Mundo de Duatlo - 2003”

”Campeão do Mundo de Triatlo - 2005”

”Campeão do Mundo de Judo - 2006”

”Campeão Mundial de Ginástica Acrobática - 2006”

Estes são, apenas, alguns exemplos entre muitos campeões mundiais portugueses.

Aceitam-se erratas e adendas, pois a informação disponível é pouca.

Obrigada a todos os campeões e os que treinam para sê-lo! Continuem o vosso bom trabalho!

Quem é?



Reconhecem-me?

Miau!