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terça-feira, 8 de setembro de 2009

1984


Eu vivo num constante 1984.

Para todos os lados para que me vire, para onde quer que olhe, há, sempre, pelo menos, um par de olhos de olho em mim!
O que quer que diga, o que quer que faça é vigiado a cada sílaba, a cada milímetro!

Tudo é vigiado, controlado e castrado por olhos humanos e por bits e bytes (tudo o que faço no meu PC é visível no central).

Obviamente, concordo que este ambiente exige algum controlo para que sirva o seu propósito, mas proibir, até ao limite, provoca um clima de constrangimento absoluto... sinto-me, constantemente, oprimida.

Ainda há quem, por aqui, se admire de eu, raramente, esboçar um sorriso ou rir de piadas (há quem tenha liberdade para tudo, até para dizer piadas... quem pode, pode... e quem é pode sempre...?)

Apesar de viver num constante 1984, por vezes, há experiências mais orwellianas que outras. Hoje, vivi uma delas: alguém via o que fazíamos, a cerca de 5 kms de distância, através do computador. Isto, sim, é estar em cima do acontecimento!

E, logo hoje, que estava entusiamada e a recuperar a motivação!


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