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terça-feira, 28 de julho de 2009

Bruno


Depois de mais um dia de correria louca para cumprir prazos (tem sido assim na última semana) e de ouvir mais uma das inusitadas e inapropriadas perguntas do chefe/patrão (depois de lhe ter respondido não à pergunta se estava mal-disposta ou com dores de cabeça, ouvi "Está com o período?" Após, mostrar o meu desagrado com a pergunta efectuada, ainda ouvi que ,nos tempos que correm, fazer esta pergunta é normal e não é uma invasão de privacidade. Pois claro que não, pensei eu, se eu estivesse a falar com pessoas com quem tenha alguma intimidade e/ou com que conviva, socialmente, o que não é o caso)...

... depois de tudo isto e de ter almoçado uma sopa em 15 minutos e de ter saído 1 hora depois da hora, achei que tinha direito e que precisava de algo para me rir e descontrair.
Daí até ir ao cinema ver o Bruno, foi um instante.

Ri-me do princípio ao fim, apenas com um intervalo para um momento de choque que gelou toda a sala de cinema: a altura em que é abordada a questão das crianças/bebés-modelo é aterradora. É impressionante, muito pela negativa, aquilo que os pais estão dispostos a fazer para ganhar dinheiro através dos filhos. Uma das mães chegou a dizer/concordar que, se fosse necessário, a sua filha de 11 kg (um bebé, portanto), poderia perder 4 a 5 kg, numa semana ,para fazer parte de uma filmagem. Não bastando, concordou, também, que se a bebé não conseguisse perder os kg necessários, faria uma lipoaspiração. E, isto, é só a ponta do icerberg.

O filme tem momentos hilários de tão estúpidos que são. Mas, era isto mesmo que eu estava a precisar.
Tem muitos outros momentos, também eles hilários, mas que mostram muito a realidade americana acerca dos pensamentos e comportamentos homofóbicos, por exemplo.

Vale a pena ir ver.


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